domingo, 7 de fevereiro de 2010

Os gatos são um espectáculo...




Os gatos são independentes e afectuosos, brincalhões, temperamentais e, ás vezes, com uma reserva de quem precisa de estar sozinho no seu espaço. Passam por nós como se não soubessem quem somos, arrastam o seu andar fascinante e silencioso pela casa até se aninharem num sítio do seu encanto. E ali ficam, perdidos, até que a fome – mesmo que seja de carinhos – os faça regressar, num ondear espantoso do corpo, num esticar de unhas quase de meter medo e depois não é nada: voltam a deixar-se cair noutro lugar de eleição, num desfalecimento feito de indolência. Até que uma mão ao correr do pêlo os desperte para um longo espreguiçar, um enorme bocejo e uma lambidela do mais puro afecto. O passear manso de um gato, com a cauda abanar e, um rosnar baixinho, diz que está pronto – seja para o que for.

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